09 fevereiro 2015

Surpresa: Netflix agora está disponível em Cuba

A Netflix segue aumentando a quantidade de países em que atua. Até aí, nenhuma surpresa. O que ninguém esperava, pelo menos não tão prontamente, é que a companhia fosse oferecer seus serviços em Cuba. O anúncio da chegada da empresa à ilha foi feito nesta segunda-feira (9).

Com a iniciativa, a Netflix se torna uma das primeiras empresas norte-americanas a ingressar em Cuba após a reaproximação econômica e comercial do país com os Estados Unidos.

O valor da assinatura em Cuba será o mesmo que a Netflix cobra atualmente dos usuários norte-americanos: US$ 7,99 por mês com pagamento via cartão de crédito internacional. A companhia promete disponibilizar um vasto acervo de títulos conhecidos, além de produções que levam a sua marca, como House of Cards e Orange is the New Black.

Só há um “pequeno” problema: hoje, somente 25% da população cubana acessa a internet de alguma forma. Para piorar, as conexões locais são caras e lentas na maioria esmagadora dos casos.

Decerto que as “pazes” com os Estados Unidos ampliarão os serviços de acesso à internet em Cuba, mas isso não acontecerá da noite para o dia.

É necessário levar em conta ainda que boa parte dos cubanos vive com condições financeiras bastante desfavoráveis, o que dificulta, obviamente, a aquisição de computadores, TVs e outros equipamentos para entretenimento.

Estes fatores farão com que a companhia tenha uma base diminuta de clientes em Cuba. Presume-se, portanto, que a decisão da empresa de chegar a este mercado tenha fins simbólicos – ajudar a Netflix a transmitir uma imagem de empresa global, por exemplo.

No anúncio oficial, o CEO Reed Hastings também sinalizou interesse por produções cubanas: “Cuba tem grandes cineastas e uma cultura artística robusta; esperamos um dia trazer seus trabalhos para a nossa audiência global de mais de 57 milhões de membros”.

A Netflix já está presente em 50 mercados, aproximadamente. Mas não é o suficiente. Em janeiro, a companhia revelou um audacioso plano: oferecer streaming em 200 países até 2017.