Conheça mais sobre a sinistra e nostálgica série da família mais bizarra do mundo
Ah, quem nunca se divertiu muito vendo um dos filmes da família Addams, com crianças assassinas, monstros bizarros e relações tão esquisitas que parecem a realidade. O que muita gente talvez não saiba sobre o programa é que na verdade ele começou como uma série de Charles Addams no jornal The New Yorker, em 1938, antes de ir para a televisão como uma série, filmes e até adaptações animadas. Confira aqui algumas curiosidades sobre a produção e desenrolar da família Addam, mas antes vamos ouvir a música-tema, pra dar um clima (na versão dublada):
Tudo começou com a música
Tio Chico do mal
Originalmente, o papel foi oferecido ao ótimo e assustador Antony Hopkins, que não aceitou o papel parar fazer o filme “O Silêncio dos Inocentes”, onde encarnou o canibal Hannibal Lecter. Será que teria dado certo, Hopkins num papel de humor? Felizmente, seu substituto, Christopher Lloyd, o cientista de “De Volta Para o Futuro”, que com certeza fez uma atuação à altura!
Além disso tudo, originalmente o Tio Chico seria um tipo de impostor tentando dar um golpe na família, um enredo que chegou a ser abordado no desenho animado da década de 90, mas os atores dos demais personagens se reuniram e exigiram ao diretor que essa característica fosse retirada. Todos menos Lloyd.
Mortícia
Já a esposa de Gomez teve Anjelica Houston como primeira escolha de Rudin, apesar de que a cantora Cher desejava também atuar o papel. Para dar vida à sombria matriarca, Houston leu um livro chamado Grey Gardens, que falava sobre o primo e a tia de Jacqueline Kennedy, que viviam numa mansão cheia de cadáveres de animais e lixo.
Além disso, a atriz precisava usar um corsete metálico para dar a cintura fina à personagem, além de quilos de maquiagem delicada, o que fazia com a atriz “chegasse em casa exausta, com enxaquecas e dores pelo corpo” após as gravações. E você achando que ser atriz era fácil.
Tim Burton?
Pode até não parecer tão estranho, já que o diretor adora a temática, mas ele foi o primeiro cogitado para produzir o primeiro filme sobre a série. Os roteiristas, Larry Wilson e Caroline Thompson, já haviam trabalhado com o esquisitão diretor em sucessos como “Edward Mãos de Tesoura”, que tem piadas e uma estética bastante parecidas com as da família Addams. Mas nunca aconteceu.
Barry Sonnenfeld
Foi o diretor que acabou com o projeto na mão, que nunca havia sido diretor, mas era um fotógrafo experiente. Rudin, o criador do projeto, costumava sempre lembrar Sonnenfeld que ele não havia sido sua primeira opção, e colocava vários nomes diferentes na cadeira do diretor diariamente, como David Lynch, Tim Burton e Joe Dante.
Nuvem negra
Além de ter problemas no nervo ciático, que faziam Sonnenfeld desmaiar e “se sentir como se alguém estivesse enchendo uma bexiga em seu peito”, a mulher do diretor precisou passar por uma cirurgia e isso interrompeu as gravações. Foi só o começo, já que depois o cinegrafista Owen Roizman abandou o projeto e Sonnenfeld precisou também desempenhar essa função.
Além disso tudo, o ator Raul Julia, que morreu poucos anos depois da produção do filme, teve um problema no olho que exigia bastante maquiagem e atrapalhou os períodos de gravação. Por isso tudo, o diretor afirmar haver uma “nuvem negra” rondando a produção do longa.
Pra melhorar, David Levy, o produtor executivo da série antiga sobre os Addams, processou a Paramount Pictures e Orion Pictures, alegando que o filme havia copiado sua série, e não os quadrinhos originais do New Yorker. Quanta dor de cabeça!